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Baixos índices de vitamina D estão relacionados a casos de câncer de próstata

Os baixos níveis de vitamina D no sangue podem estar relacionados a casos mais agressivos e avançados do câncer de próstata nos homens , segundo estudo publicado no dia 1 de maio na revista Clinical Cancer Research.
 
A pesquisa sugere que a vitamina D pode desempenhar um papel importante na forma como o câncer de próstata começa e espalha, embora não esteja comprovada a relação de causa e efeito.
 
Muitas perguntas ainda precisam ser respondidas sobre o tema, mas o que é certo é que a vitamina D desempenha uma série de papéis importantes na forma como as células se desenvolvem e crescem.
 
A vitamina D é conhecida como a vitamina do sol porque a pele absorve esse nutriente quando exposta à luz solar. Os níveis dessavitamina tendem a cair com o avanço da idade, e a deficiência dela é mais comum em épocas e regiões que recebem menos luz do sol eem pessoas com a pele mais escura, que naturalmente bloqueiam os raios solares.
 
Os baixos níveis dessa importante vitamina no organismo pode levar o crescimento de células a dar errado, levando ao câncer. Para testar essa hipótese, os pesquisadores checaram a quantidade desse nutriente em 667 homens de Chicago entre 40 e 79 anos que estavam fazendo biópsia da próstata porque tinham, recentemente, obtido um resultado anormal do exame PSA ou porque o médico sentiu mudanças na próstata durante o exame físico.
 
Os níveis normais de vitamina D vão de 30 a 80 nanogramas por mililitro. A deficiência desse nutriente, ou níveis abaixo de 20 ng/ml, era relativamente comum entre todos os homens testados.
 
Cerca de 44% dos homens com resultado positivo da biópsia e 38% cujo teste teve resultado negativo para o câncer tinham baixos níveis de vitamina D. Desses 44%, aqueles que tinham muito pouco desse nutriente no organismo tinham maiores chances de cânceres maisavançados e agressivos do que aqueles com níveis normais.
 
Apesar deste estudo, não se sabe ainda se a reposição da vitamina D pode reduzir o risco do câncer de alto risco, porem este novo dado ressalta a importância de incluir a dosagem da vitamina nos exames preventivos dos homens, e caso seja detectado níveis baixos, deve-se fazer os exames para detecção precoce do câncer de próstata de maneira mais frequente e incisiva, além de repor a vitamina D.
 
A conexão entre vitamina D e câncer pareceu ainda mais forte em homens negros. Aqueles com níveis inferiores a 12 ng/ml eram muito mais suscetíveis ao câncer do que os com níveis normais. Em geral, homens negros estão mais propensos a desenvolverem a doença. Em média, um a cada sete homens tem chance de ter câncer de próstata. Esse risco cresce em homens negros: um a cada cinco é diagnosticado com a doença, de acordo com o U.S. Centers for Disease Control and Prevention. 
 
Os pesquisadores não têm certeza se os baixos níveis de vitamina D podem explicar o motivo de homens negros terem risco mais alto de desenvolverem câncer de próstata. Outros estudos mais longos e maiores serão necessários para esclarecer essa conexão.
 
 

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